Primeira edição neste torneio do grande dérbi do campeonato com os dois rivais da edição anterior a defrontarem-se. Bons Maus e o Melo em sentido ascendente no presente torneio defrontavam assim os campeões Tudo Bons Rapazes que jogavam com o 1º lugar isolado na classificação à distância de uma vitória.

Inicio da partida sob o já esperado signo do equilíbrio com ambas as equipas a estudarem-se e a jogarem na expectativa do erro do adversário ou na criação de uma jogada diferenciada que permitisse chegar ao golo. Certo é que nos primeiros 8 minutos nem Tiago nem Miguel foram chamados a intervir com algum grau de dificuldade. O primeiro lance de perigo chegaria finalmente no nono minuto quando Camacho culminou uma jogada individual com um potente remate que embateu com estrondo na baliza dos BMM. Os BMM não ficariam intimidados e João Nunes rematava para uma defesa difícil de Miguel que contou ainda com a ajuda do poste da sua baliza. O tempo de jogo ia correndo sem nenhuma das equipas assumir o domínio da partida e se os TBR tinham mais posse de bola acabavam por ser os BMM a conseguir os melhores remates como o de Piacareta, num gesto técnico de qualidade a rematar em arco, para uma defesa soberba, no ângulo superior, de Miguel. Chegaria assim o intervalo sem que o marcador tivesse sido accionado.

A segunda parte iniciava-se no mesmo registo. Picareta rematava para defesa de Miguel e Camacho, em mais uma arrancada imparável errava o alvo por milímetros. O panorama do jogo iria se alterar apenas ao minuto 28 em consequência do primeiro golo da partida. Bruno Melo arrancou pelo meio da quadra com a bola dominada furando o bloco dos TPR e assistindo na direita Picareta que desferiu um remate indefensável fazendo a bola entrar no ângulo superior da baliza de Miguel. Em desvantagem os TBR aumentaram a intensidade do jogo em busca da reviravolta e assumindo domínio na quadra também algo consentido pelos BMM que se reagruparam priorizando o movimento defensivo de forma a proteger a preciosa vantagem adquirida. Os TBR passavam contudo a chegar com real perigo à baliza adversária onde emergia Tiago como obstáculo final às suas pretensões. Camacho rematava para defesa de Tiago com a bola ainda a ir ao poste e o mesmo Camacho, momentos depois, iria rematar, à meia volta, com estrondo ao poste. Tiago segurava a vantagem e até num remate de Alexandre Pinho em que a bola desviou num defesa e o ia traindo mostrou reflexos para evitar o pior. Já com os segundos a escoarem-se para o termo do jogo Marcelo iria ver uma linha de passe possível para a boca da baliza onde surgia Nuno Simões e se viu melhor executou tendo Simões apenas de encostar para o golo empatando o marcador.

Empate a um golo num jogo em que escassearam os golos mas não a emoção, a competitividade e o bom futsal num jogo disputado sempre com alta rotação mas com lealdade. O empate não é castigo para nenhuma das equipas mas sim um prémio porque nenhuma delas merecia sair derrotada.