Tal como no primeiro jogo desta jornada, o marcador também iria ser inaugurado cedo: logo aos 2', Vítor Ferreira cruza e Carlos Serrano, à John Terry, aparece bem entre os centrais e cabeceia para o golo. Tenta a resposta a Bafo de Baco, pelos pés de António Cavaleiro, que remata à meia-volta, pouco ao lado. Instantes depois, surge um daqueles momentos que fazem do futebol o desporto-rei: Excelente remate de Paixito, para espectacular defesa de David. Contudo, a partida estava muito táctica, talvez pelo bom conhecimento que as duas equipas tinham uma da outra, e o placar só voltou a mexer aos 12', quando a AHP ampliou para 2-0, num lance que exemplifica o que deve ser o futebol: João Rodrigues, Hugo Estevão, Vítor Ferreira e...golo! Fácil, eficaz e uma demonstração de futebol colectivo.

A AHP estava endiabrada e não tirava o pé do acelerador. Vítor Ferreira obriga David a uma grande defesa e, na recarga, Márcio atira ao ferro. Contra a corrente do jogo, a Bafo de Baco iria empatar, numa grande penalidade convertida pelo habitual Leonel. Um golo que não afectou a AHP, que ia aproveitando alguma desconcentração da Bafo de Baco na defesa. Vítor Ferreira assiste Hugo Estevão que, de primeira, remata forte, para bela defesa de David. Nos últimos minutos do 1.º tempo, Leonel podia ter empatado, num bom trabalho individual, atirando de pronto pouco ao lado, e a AHP também podia ter marcado mais um, num grande pontapé de Márcio Viegas, que David correspondeu com mais uma espectacular defesa.

Com os últimos dois jogos bem presentes na memória, em que se deixou surpreender na 2.ª parte, a AHP deve ter pensado que o pesadelo estava de volta, quando João Gomes, com apenas 3 minutos jogados, aproveita uma sobra para fuzilar a baliza de António Estevão e fazer o empate. Contudo, no minuto seguinte, Carlos Serrano bisa na partida, num potente remate, que levava selo de golo. Seguiu-se uma fase de maior ascendente da Bafo de Baco, sempre comandada por Leonel. O avançado envia uma bomba à trave e, pouco depois, dispara um dos seus mísseis, sem hipóteses. Golaço de Leonel, ou será melhor dizer, de "Lampard"? Com 3-3 no marcador, as duas equipas davam o tudo por tudo para chegar à vitória e Paixito, de livre, acerta na barra. Reage a Bafo de Baco e Leonel, sempre ele, apanha uma bola junto à área e remata ao lado, num daqueles lances em que raramente falha. Falhou neste, não falharia aos 38 minutos, aguentando uma carga e desviando do alcance de António Estevão, colocando a sua equipa, pela primeira vez, na frente do placar (foi o seu 8.º golo na prova, sendo já, o melhor marcador). A AHP voltou à carga e Paixito e Hugo Estevão colocaram à prova David, que ia mostrando estar em noite sim. Quando menos se esperava, quem iria marcar de novo seria a Bafo de Baco, por António Cavaleiro, a concluir da melhor forma um bom trabalho individual. Depois de alguns minutos mais intensos, a AHP conseguiu manter a calma e correu atrás do empate, mostrando grande determinação. Paixito, num golo fenomenal, reduziu para 5-4, e Márcio, já sobre a hora, num remate colocado ao ângulo esquerdo da baliza à guarda de David, colocou um ponto final no desafio.

Em suma, um grande jogo de futebol, com emoção até ao fim e muitos golos. A Bafo de Baco é 2.ª classificada, com 5 pontos, menos 2 que a Master Faro, enquanto a AHP soma 2 pontos, encontrando-se no 3.º posto.

A AHP tem um jogo muito difícil na próxima jornada frente a Amoreiras, assim como a Bafo de Baco, frente à Amizade. Aliás, neste grupo parece não haver jogos fáceis, pois todas as equipas têm mostrado grande qualidade.