O jogo começou muito vivo e logo no pontapé de saída, Xavier tenta surpreender David, que defende com segurança. Logo de seguida é Leonel (que desta vez ficaria em branco), com um toque subtil, a estar perto do golo, respondendo a Amizade através de Telmo Pinto, num bom cabeceamento, após cruzamento de Tozé. Era uma fase de grande assédio para as duas balizas e a Bafo de Baco espreitou o golo, que só não aconteceu porque Carvalho impediu, com duas boas intervenções, que Miguel Campina e Paulo Limas festejassem. A Amizade também procurava inaugurar o marcador e dispôs de algumas ocasiões para isso, quase sempre, por António Miguel. O avançado rematou por 3 vezes num curto espaço de tempo, mas David e a falta de pontaria adiaram o golo. A Bafo de Baco defendia mais nesta fase, mas sempre que podia criava perigo. Num desses lances, Hugo Cavaco passa por um adversário e atira forte, com Carvalho a mostrar atenção entre os postes. David é que estava em noite de grande inspiração e protagonizou mais dois momentos de grande espectáculo: boa jogada de Pedro Ruas a deixar para Xavier, com David a exibir-se ao seu melhor nível; e, instantes depois, um tiro fortíssimo de Tozé que levava fogo obrigou David a outra soberba intervenção. A sorte não tem protegido a Amizade e voltou a ser madrasta: Hugo Cavaco, num disparo de longe, faz Carvalho aplicar-se para evitar o golo, mas o guardião não estaria tão bem aos 24', não conseguindo impedir que Carlos Santos, num remate traiçoeiro, inaugurasse o marcador.

O que se passou com a Amizade nos primeiros minutos do 2.º tempo é algo que os seus atletas ainda devem estar a tentar perceber. Depois de uma 1.ª parte de bom nível, a equipa iria sofrer 3 golos em apenas 5 minutos: aos 26', António Cavaleiro, num míssil teleguiado ao ângulo, faz um golaço; João Gomes, após bela assistência de Miguel Campina, amplia para 3-0 e, aos 31', é Hugo Cavaco a dar o melhor seguimento ao passe de Leonel, colocando o esférico no fundo da baliza e fazendo o 4-0. A partida ficava, praticamente, resolvida.

Ainda assim, a Amizade, numa demonstração de humildade, não se deixou abater e empurrou a Bafo de Baco para a sua defensiva, dominando por completo os minutos que faltavam para terminar o encontro. António Miguel era um perigo à solta e desferiu dois grandes pontapés, para mais duas excelentes defesas de David (já iam faltando os adjectivos para descrever a exibição do guardião da Bafo de Baco). Mas, aos 37', nada podia fazer para evitar que António Miguel apontasse o tento de honra num belo remate de pé esquerdo, colocadíssimo. Estranhamente, a Bafo de Baco acusou bastante o golpe e sofreu nos últimos minutos com a forte pressão da Amizade, parecendo uma equipa partida. Quem não se fez rogada foi a Amizade e Tozé, na marcação de um livre, coloca no interior da área, onde aparece Fábio a subir ao 1.º andar e a cabecear por cima. O mesmo Fábio iria tentar novamente de cabeça pouco depois, desta feita, foi David a negar o golo, com a partida a terminar como começou, ou seja, com António Miguel, de longe, a tentar a sua sorte.

O futebol é feito de golos e, neste capítulo, a Bafo de Baco foi demolidora, não desperdiçando as ocasiões que criou, embora, verdade seja dita, não tivesse necessidade de sofrer como sofreu, visto ter chegado a uma vantagem bastante confortável de 4 golos. Quanto à Amizade, fez uma boa exibição, mas aqueles cerca de 10 minutos do 2.º tempo foram um autêntico desastre e praticamente hipotecaram qualquer hipótese de êxito.

Na tabela classificativa, a Bafo de Baco continua a perseguição ao líder Master Faro (tem menos 2 pontos) e ainda não perdeu neste campeonato. A Amizade está no último lugar do grupo, com 1 ponto, defrontando, no dia 25 deste mês, a Amoreiras, numa partida em atraso.